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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Halloween: história e tradição


O Halloween é uma festa que acontece todo ano no dia 31 de Outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Pelo fato de o dia primeiro de novembro estar carregado de valores sagrados, os povos celtas antigos acreditavam que o dia ia ser ameaçado por demônios e maus espíritos. O Halloween surge então como uma forma de proteção em que esses povos usavam objetos assustadores em suas casas como caveiras, ossos decorados e abóboras enfeitadas para afastar esses espíritos malignos.

A comemoração do Halloween foi levada à América do Norte pelos irlandeses. Eles usavam das fantasias e máscaras para afastar os espíritos que vagavam neste dia e também para personificar entes que morreram. Atualmente, a celebração tem participação das crianças que usam os disfarces para pedir doces na porta de casas.

Um dos símbolos mais conhecidos desta tradição é, sem dúvidas, a lanterna de abóbora, que também decente dos irlandeses. Quando chegaram à América, eles substituíram o nabo com carvão, que era utilizado antes, pela abóbora iluminada com feições humanas.



No Brasil, a tradição do Halloween é recente. Ela chegou ao Brasil através da grande influência da cultura estadunidense, vinda principalmente da televisão e dos filmes. Os cursos de língua inglesa também colaboram para propagar essa celebração no país.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Para que serve a história?



Penso que todo professor de história ou pelo menos a maioria, deve um dia ter se deparado com esta questão em sala de aula: mas afinal, para quê serve a história?

Analisando a historiografia, percebemos que todo documento, toda e qualquer fonte, tudo que é escolhido como objeto histórico possui historicidade, uma trajetória, isto é, uma história que é dialética. Os próprios conceitos o possuem. Neste sentido a história enquanto uma disciplina e posteriormente enquanto uma ciência também possui historicidade que retrata diferentes momentos nos quais ela serviu à diferentes objetivos. Portanto, quando se pergunta “para que serve a História?”, também se demanda sua trajetória para compreender o presente da ciência histórica.

A História já contribuiu para a consolidação dos Estados-nação por exemplo. Na França com a República e mesmo no Brasil quando do período do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro) que foi responsável por escrever a história do Brasil e “dar uma cara” a este novo país.

Com as mudanças temporais, vieram novos contextos sociais, econômicos, políticos, culturais, em suam, históricos; que se apresentam paulatinamente. Destas mudanças, também a historiografia se vê em diálogo e percebendo, aos poucos, mudanças, no que se entende por “como fazer a história” e por aí também temos o como escrever a história?

Mudanças estas como as metodológicas observadas da Escola metódica francesa representada sobretudo por Langlois e Seignobos para a École des Annales, preconizada por Febvre e Bloch.

É a partir da primeira geração dos Annales que observamos uma tentativa de se ampliar o que era tido como documento histórico e consequentemente ampliar ao hall de fontes a que os historiadores poderiam se debruçar. Bloch mesmo opta por manter la méthode critique (método crítico) da Escola metódica porém afirmando que tudo pode vir a ser uma fonte.

Este mesmo autor dirá que se fôssemos antiquários amaríamos coisas velhas, mas como somos historiadores, amamos a vida. Somos nós que damos vida à história. Neste sentido, a Historia hoje só tem serventia pelas mãos dos/as historiadores/as. Ela é uma responsabilidade para com o presente, ela serve à reflexão.

Por fim, nós enquanto historiadores precisamos sempre refletir não somente em para quê fazemos historia mas também para quem. A quem serve a história que produzimos? O que ela legitima?

Segundo Caio Boshi (2007) nós, enquanto seres humanos somos também sujeitos, o que significa portanto que o curso da História também nos modifica.

Acredito que não podemos ter uma visão romântica da história, de pensa-la enquanto solução para os problemas do mundo, e nem muito menos apolítica. Ela nos cobra uma posição, o que inclui pensar em para quem estamos contribuindo com a História (ciência) que fazemos (escrevemos, contamos, publicamos, ensinamos)?

Certeau (1982) nos atenta para a responsabilidade que a escrita da história carrega e seu primeiro questionamento em A escrita da história é justamente este: “o que fabrica o historiador quando ‘faz história’? Para quem trabalha? O que produz?” (p. 65).

Ele mostra, desta forma como a escrita parte de um lugar social e tem relação estreita com o presente e com a memória: o poder da escrita, para Certeau, dá vida aos mortos à medida que possibilita à nós narrarmos eventos passados.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Três músicas sobre a ditadura militar no Brasil


Confira a lista que fizemos sobre a ditadura militar no Brasil!

3. É proibido proibir - Caetano Veloso 


A música de Caetano Veloso “É proibido proibir”, lançada em 1968, já começa em seu nome com uma afronta ao governo. Ela fala sobre grandes mudanças que estavam acontecendo na década de 60.

2. Jorge Maravilha/Fala sobre Julinho de Adelaide - Chico Buarque


Chico Buarque foi um dos compositores mais odiados pelo governo militar, tanto que várias de suas músicas foram censuradas e ele teve até que criar um pseudônimo para lançar algumas músicas, incluindo essa. A música em si não parece ser uma afronta, porém quando ele diz “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”, não se trata da relação dele com o seu sogro, mas é uma alusão ao General Geisel, que odiava Chico Buarque, enquanto sua filha gostava do trabalho dele.

1. Mosca na sopa - Raul Seixas


Essa música lançada em 1973 usa da metáfora para atacar a ditadura militar, onde “a sopa” seria o governo opressor e “a mosca” seria o povo, aquele que incomoda, que perturba o sono, que não pode ser eliminado, pois sempre que houver regimes opressores, haverá alguém para se levantar contra isso.

Eu poderia listar várias músicas desse período (com a mais conhecida “Pra não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré) que apesar de tudo, foi um período muito enriquecedor culturalmente e poderia ter sido ainda mais se não fosse a forte censura com que sofriam. Espero que gostem.